Sustentabilidade

O autoconsumo chegou e a mobilidade elétrica foi um dos grandes avanços para alcançá-lo.

 

Autoconsumo? Sim! É quase uma realidade, pelo menos para muitos cidadãos. A eletromobilidade ajuda a tornar o autoconsumo cada vez menos uma utopia

A sustentabilidade em energia

 

Os governos são cada vez mais obrigados a apostar nos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). 

 

Isso significa que cada vez mais terão que tornar seus modelos de gestão mais ambiental, social e economicamente sustentáveis. 

 

Neste sentido, há uma aposta cada vez maior nas energias limpas, na redução da pegada de carbono, na economia circular (em vez da linear, a que estávamos habituados), entre muitas outras mudanças.

 

Um dos principais obstáculos à sustentabilidade é o uso de energia. 

 

Em Espanha, por exemplo, compram energia de outros países, pelo que o modelo pretende ser auto suficiente também à escala nacional, gerando eletricidade através de fontes renováveis ​​ou alternativas (solar, eólica, hidroelétrica, etc.). 

 

Isso está associado à redução das emissões de CO2 na atmosfera, reduzindo a poluição ambiental e melhorando a qualidade do ar. 

 

Autoconsumo elétrico nos dias de hoje

 

É assim que nasce o autoconsumo, da necessidade de produzir energia limpa no local que vai ser utilizada. 

 

É definida como a capacidade de fornecer eletricidade de forma autônoma, sem a necessidade de contribuição ou fonte de eletricidade ou energia externa. Resumindo, ser autossuficiente.

 

Este modelo, até há relativamente pouco tempo, não era possível. 

 

Em muitos países, o famoso “imposto solar” limitou o desenvolvimento de energia renovável (solar) para autoconsumo de eletricidade em nossas casas. 

 

Hoje está surgindo um novo modelo de energia (e de negócios) que consiste na venda de energia para redes de transmissão e distribuição.

 

Esse modelo é chamado de “autoconsumo com excedentes” que consiste basicamente em colocar a energia excedente de seus painéis solares na rede e o comercializador de energia compensar financeiramente ao final de cada mês em sua conta de luz. 

 

Como se consegue o autoconsumo?

 

O autoconsumo já se tornou uma realidade. Atualmente é legal e mais fácil de se conseguir o auto-abastecimento. 

 

A instalação mais básica consiste em colocar painéis fotovoltaicos e um inversor solar em casa. Esses painéis são capazes de captar a luz solar, gerar energia, transformando-a em energia elétrica para alimentar a rede elétrica de sua casa e eletrodomésticos. 

 

Mas, além disso, pode gerar excedentes.

 

Esses excedentes permitem fazer negócio “em casa” com energia. Daí o sucesso atual de sua implementação. 

 

Como se isso não bastasse, a instalação de painéis fotovoltaicos leva a uma economia de cerca 30% da parte variável da conta de luz.

 

Da mesma forma, um retorno a médio prazo, estabelecido em torno de dez anos -no caso das instalações de autoconsumo doméstico- que se reduz a quatro anos para as empresas.

 

Como se isso não bastasse, o preço das instalações caiu notavelmente, caindo cerca de 50% nos últimos cinco anos, além de melhorar sua eficiência: agora são necessárias menos placas para produzir a mesma potência que há uns anos atrás.

 

Energias renováveis ​​no autoconsumo

 

As energias renováveis ​​são fundamentais para o modelo de autoconsumo. 

 

Ninguém hoje pensa em ter um gerador com gasolina na porta de casa para se abastecer, se quiser ser autossuficiente em energia.

 

A instalação de painéis fotovoltaicos é a solução mais recorrente e demandada. 

 

Há também a possibilidade de ter mini-eólicas e até hidrelétricas, em casos muito específicos, aproveitando a energia do vento e pequenas cachoeiras.

 

Inovação no autoconsumo

 

Existem formas muito interessantes de praticar o autoconsumo, o melhor exemplo é o “autoconsumo coletivo”. 

 

Consiste na instalação de uma usina de geração de energia elétrica que abastece várias pessoas. Assim, vários consumidores podem ser associados à mesma instalação, promovendo o autoconsumo nas comunidades de proprietários. 

 

Essas plantas geralmente estão localizadas nas proximidades do bairro que as está usando.

 

Além disso, um terceiro (ou comercializador) pode realizar uma instalação de produção perto de um consumidor -um cidadão ou alguns vizinhos-, e em troca do custo da instalação faturar o consumidor com base na energia produzida e auto consumida. 

 

Autoconsumo e o veículo elétrico

 

Por fim, um fato marcante é o feito formado por autoconsumo e eletromobilidade. Os veículos elétricos são peças-chave nos modelos de autoconsumo, por quê? 

 

Porque hoje possibilitam aproveitar a energia da rede, consumi-la quando é mais barata, quando há menos procura e armazená-la. 

 

Além disso, existem modelos bidirecionais (V2G – Vehicle to Grid) que permitem que o veículo seja conectado à rede elétrica doméstica para que abasteça a casa.

 

Se formos ainda mais longe, esta pequena instalação “inteligente” faz parte do que hoje é conhecido como Smart Grids, ou redes inteligentes de energia. 

 

Uma rede elétrica inteligente é aquela que garante um sistema energético sustentável e eficiente, com baixas perdas e altos níveis de qualidade e segurança de abastecimento, equilibrando a oferta e a demanda dos diferentes usuários conectados à rede. 

 

Com as redes inteligentes, o uso de energia é otimizado, compensando os momentos de maior produção (e menor preço de energia) e os momentos de maior consumo (onde a energia é mais cara).

 

Além disso, o autoconsumo é praticamente a única forma de demonstrar fielmente que é possível dirigir com um veículo elétrico, garantindo que a energia seja 100% renovável.