No decorrer dos últimos anos, os reflexos da pandemia trouxeram um aumento no modelo de trabalho remoto, e por conta disso, o monitoramento é fundamental.
Antigamente, essa modalidade de trabalho era considerada uma opção ocasional, mas agora está presente em grande parte das empresas, inclusive naquelas que atuam no segmento de TI.
O aumento drástico se deve também ao avanço da tecnologia nos últimos anos e na mudança nas mentalidades, que deixaram nítido a necessidade de flexibilidade nessa nova era digital.
No entanto, é essencial entender como o trabalho remoto, ou melhor dizendo, o home office, vem sendo aprimorado.
Com a criação de escritórios em casa se tornando algo comum para quem trabalha nessa modalidade, buscar saber onde comprar ar-condicionado com a quantidade de BTUS correta para o cômodo e outros equipamentos que integram um escritório real é uma das dores dos trabalhadores.
O escritório em casa é uma das formas do trabalhador se sentir no ambiente de trabalho, elevando então sua produtividade ao máximo — ou era para ser.
Já que a criação de um ambiente de trabalho saudável vem sendo “destruída” por monitoramentos excessivos que fazem os trabalhadores atingirem o burnout muito mais rápido em razão da pressão que seus gestores impõem sobre os colaboradores com a constante vigilância.
Monitoramento excessivo está trazendo um efeito reverso
Devido ao fato de esse modelo de trabalho ser ainda uma novidade para gestores e empreendedores, muitas empresas em território nacional decidiram optar por um monitoramento “à distância”, que tenta garantir uma maior produtividade na teoria.
Porém, isso foi “um tiro pela culatra”, pois efeitos reversos podem ser observados em todos os cantos do país.
Softwares de monitoramento permitindo que gestores vejam minimamente cada pequeno ato cometido pelo trabalhador, até a simples ida ao banheiro, têm desempenhado uma certa pressão nos trabalhadores, que não se sentem à vontade com esse monitoramento excessivo.
Além disso causar sobrecarregamento do trabalhador, o faz atingir rapidamente a condição de burnout, que nada mais é do que um estado de:
- Exaustão física;
- Exaustão emocional;
- Exaustão mental intensa;
- Entre outros.
Resultados de um prolongado e intenso período de estresse ou pressão no trabalho. Não é de hoje que o burnout está presente no ambiente de trabalho, porém ele
geralmente afeta profissionais que exercem profissões de alto nível de responsabilidade, pressão constante e expectativas elevadas.
O sentimento que o monitoramento excessivo traz para o trabalhador é de tensão por achar que precisa usar ativamente o computador a todo momento e que parar para atender um telefonema ou até mesmo para ir ao banheiro poderia desencadear sua demissão por “falta de comprometimento com o trabalho”.
Um alerta para mudar
Com base em todas essas informações e um estudo feito por uma grande empresa do setor de tecnologia, em 2022 a empresa registrou que metade dos colaboradores, que somam 750 profissionais, preferem pedir demissão do que ser constantemente monitorado por seus gestores ou empregadores durante a jornada de trabalho.
Então saber como garantir a autonomia dos colaboradores sem perder a produtividade é importante.
Um dos passos para garantir o “monitoramento remoto” com autonomia e produtividade é criar agendas de trabalho que devem ser cumpridas pelos empregados durante a semana de trabalho.
Claro que essas agendas precisam condizer com a realidade e não extrapolar na quantidade de serviço, pois isso aumentaria a tensão dos trabalhadores.
A introdução de agendas é uma forma de garantir mais autonomia para os colaboradores e, consideravelmente, ter aumento de produtividade, pois não terão toda a pressão do monitoramento constante.
Muitas empresas que perceberam o erro do monitoramento constante, inclusive as que atuam no segmento de Marketing Digital e TI, já estão construindo agendas para seus colaboradores.