Quando o assunto é a compra de um veículo, é comum que muitas pessoas façam uso do financiamento. Afinal, financiar carro é bem mais prático e rápido do que comprá-lo à vista. Mas também há outro termo bastante comum neste mercado: o refinanciamento.
Os dois termos são semelhantes e por isso podem confundir quem não tem experiência neste setor, mas financiamento e refinanciamento são operações diferentes, com objetivos diferentes e que possuem até um grau de risco e, portanto, juros diferentes entre si.
Por isso, veja agora o que é o financiamento e o refinanciamento e quais as diferenças entre essas ferramentas.
O que é financiamento?
Financiamento é o processo de contratar uma linha de crédito voltada para a aquisição de um bem. Nesse sentido, o financiamento veicular consiste em uma linha de crédito que o cliente usa para conseguir comprar seu veículo, seja ele carro ou moto.
De maneira geral, o financiamento requer que o cliente dê algum valor como entrada para o pagamento. Contudo, a empresa pode dispensar essa entrada em alguns casos, financiando 100% do valor do veículo.
A operação é realizada através de uma instituição financeira que atua como intermediária da operação. Em seguida, com o financiamento aprovado, o cliente já sai com o veículo na mão, tornando-se proprietário legal.
No entanto, o veículo financiado geralmente fica sob a condição de alienação fiduciária, isto é, ele legalmente pertence à instituição financeira.
Caso o cliente atrase os pagamentos do financiamento, o banco pode tomar o veículo de volta. Ou seja, o veículo serve como garantia dos pagamentos.
O que é refinanciamento?
O refinanciamento, por outro lado, funciona de maneira parecida. Só que neste caso, o cliente solicita um valor emprestado diretamente ao banco. Em troca, oferece algum bem como garantia – no caso, o seu veículo, por exemplo.
Além disso, o cliente pode utilizar o refinanciamento até mesmo se ainda estiver pagando pelo seu carro. Por exemplo, digamos que uma pessoa paga o financiamento de um carro a juros de 10% ao mês, mas deseja reduzir o peso dessa dívida.
Fazendo uma pesquisa, a pessoa encontra um banco que oferece uma taxa de juros de 5% ao mês. Logo, ela pode fazer um refinanciamento do saldo devedor e mudar sua dívida de banco, conseguindo uma taxa de juros mais vantajosa.
Mas o modelo mais comum de refinanciamento envolve a obtenção de um crédito livre, isto é, o investidor utiliza o veículo como garantia para conseguir um empréstimo. Depois ele escolhe o que deseja fazer com o dinheiro.
Diferenças entre financiamento e refinanciamento
A principal diferença é o objetivo de cada operação. O financiamento geralmente envolve a aquisição de um bem específico, como um imóvel ou veículo. Dessa forma, o investidor não pode utilizar o crédito para outros fins.
Já no refinanciamento, o investidor dá um bem em garantia e recebe uma linha de crédito livre. Com o dinheiro em mãos, ele pode utilizar o valor da forma que quiser, como para:
- Abrir um negócio;
- Fazer uma viagem;
- Pagar dívidas;
- Financiar um veículo.
Tanto o financiamento quanto o refinanciamento possuem toda a parte de análise de crédito, avaliação da garantia, entre outras partes burocráticas.
Mas, no caso do refinanciamento, a existência de uma garantia real tende a reduzir as etapas do processo e também a baixar as taxas de juros. No entanto, é preciso tomar cuidado com os riscos envolvendo o refinanciamento.
Primeiro, o cliente não poderá vender o bem deixado como garantia enquanto estiver pagando o refinanciamento. Segundo, em caso de atraso nos pagamentos, o banco pode tomar o bem para arcar com o pagamento do saldo devedor.
Portanto, se o seu objetivo é utilizar o refinanciamento ou o financiamento para adquirir algum bem, faça isso de maneira consciente. Anote todos os custos em uma planilha e verifique se aquela operação cabe no seu bolso.