É certo dizer que a área da medicina é, sem dúvidas, uma das mais complexas de se atuar, principalmente por conta da grande responsabilidade do profissional na vida das pessoas. Inclusive, a faculdade dura, em média, seis anos. Mas não para por aí, depois é preciso:
- Se especializar;
- Realizar curso intensivo;
- Se atualizar;
- Entre outras coisas.
Entre esses passos dentro da carreira, existe o internato e a residência médica. Uma grande dúvida de quem quer escolher a medicina como profissão é sobre a diferença entre os dois. Entenda!
O que é internato e qual é a sua importância?
O internato faz parte da graduação em Medicina. Sem realizá-lo, o estudante não se forma e não pode trabalhar. Assim, o internato é obrigatório e acontece nos dois últimos anos de faculdade, quando os alunos estão quase se formando e precisam de conhecimento prático.
O principal objetivo do internato é colocar os futuros médicos em contato com casos reais, para que cheguem preparados, depois de formados, para atender pacientes. Por isso, o internato é importante para:
- Desenvolver habilidade sociais dos futuros médicos com seus pacientes;
- Treinar atendimentos de diferentes necessidades e situações;
- Ter contato com todas as áreas da medicina;
- Acompanhar o dia a dia de um médico;
- Acostumar com a rotina médica;
- Aprender burocracias necessárias;
- Conhecer diferentes realidades;
- Aprenderem e treinarem procedimentos, entre outros pontos.
Continue a leitura e veja um pouco sobre como é o dia a dia do estudante durante esse período em questão.
O dia a dia do internato
Nos dois últimos anos da faculdade, o aluno está focado apenas no internato, ou seja, não tem mais aulas conceituais, mas ainda é acompanhado pelos professores da faculdade. Além disso, também trabalha em turnos e plantões e é sempre acompanhado por médicos.
Outro ponto interessante é que, durante o internato, o aluno faz um rodízio entre as áreas da medicina, tendo contato com todas elas e aprendendo a atender cada necessidade.
Isso ajuda tanto no dia a dia do médico formado (que atenderá todo tipo de caso no pronto-socorro, por exemplo) quanto na escolha da especialização depois da faculdade.
Muitos dos internatos acontecem na rede pública de saúde, como uma parceria entre estado e universidade, tanto na área de atendimento emergencial quanto no de acompanhamento de casos clínicos.
Assim, o internato consegue oferecer experiências diversas aos futuros médicos.
O que é residência médica e sua importância?
A residência médica acontece depois que o médico se forma na faculdade, mas não é obrigatória.
É quando o profissional escolhe uma área para se especializar e seguir carreira, como cardiologia, otorrinolaringologia, cirurgia-geral, obstetrícia, entre muitas outras especialidades.
O novo médico também pode optar por não fazer a residência (naquele momento ou para sempre) e atuar como clínico geral.
Também há a possibilidade de cursar uma especialização, geralmente paga, dando a possibilidade de atuar na área mesmo sem a residência. Entretanto, geralmente os valores são altos e os cursos oferecidos não atendem todas as especialidades.
A residência médica é praticamente uma segunda faculdade. São de dois a seis anos de duração, dependendo da área escolhida.
Para se tornar residente, é preciso ser aprovado em uma prova de residência, feita pelos hospitais, e que também tem alta concorrência, principalmente nos locais de referência. Por isso, é muito comum que os estudantes façam cursos intensivos para conseguirem a vaga.
A residência médica tem como objetivo:
- Formar um profissional especializado em uma área;
- Colocar o médico em contato com casos mais complexos;
- Apresentar a rotina hospitalar e da especialidade;
- Promover o aprofundamento em uma área;
- Formar médicos capacitados e de alto nível.
Continue a leitura e veja um pouco sobre como é o dia a dia do estudante durante esse período em questão.
O dia a dia de um residente
A carga horária de trabalho de um residente é bem maior que a do internato: são 60 horas semanais, 20 horas a mais que durante a faculdade.
Todo esse tempo é passado dentro do hospital, em turnos e plantões, realizando cirurgias, atendendo casos de emergência e acompanhando os médicos de referência.
Algumas residências também contam com provas e aulas mais conceituais, geralmente com o objetivo de discutir os casos entre todos os profissionais presentes.
A rotina de um residente é bastante corrida e cheia, sendo que todos se dedicam exclusivamente a isso. Por isso, a residência médica é remunerada, com valor dependendo do hospital e da especialidade.
O internato, como faz parte da graduação, não é remunerado. Médicos recém-formados que não fazem a residência médica geralmente vão para atendimento, fazendo plantões em hospitais e clínicas e ganhando o valor do plantão.
Por isso, dependendo da situação da pessoa, alguns preferem trabalhar nos primeiros anos de formado e depois entrar em uma residência, tendo também mais tempo para estudar e se preparar para a prova.
Texto: Gustavo Marques