Muitas pessoas questionam se as criptomoedas, como o Bitcoin, pode realmente ser considerada como meios de troca e reservas de valor para fazer transações financeiras, adquirir produtos e serviços, guardar uma parte da poupança e até mesmo fazer investimentos.
O fato é que as criptomoedas ganharam bastante projeção nos últimos anos, com a proposta de eliminar intermediários, reduzir custos e acelerar as operações, sem abrir mão da segurança e do sigilo das transações.
Com isso, diversas operadoras de caixas eletrônicos ao redor do mundo firmaram parceria com instituições financeiras.
Dando suporte às criptos para viabilizar sua conversão em moedas fiduciárias, como:
- Real;
- Dólar;
- Euro;
- Entre outros.
Permitindo que seus clientes façam saques em papel-moeda a partir de suas carteiras digitais.
Neste artigo, vamos entender melhor como funciona esse processo e como você pode sacar dinheiro no caixa eletrônico usando suas criptomoedas.
É possível fazer saques de criptomoedas em caixas eletrônicos?
As criptomoedas são ativos exclusivamente digitais, cujo objetivo é permitir que as pessoas realizem pagamentos e transferências de valores de forma rápida, segura e com custos muito menores do que através de instituições financeiras tradicionais.
Por isso, nem o Bitcoin, nem qualquer outra moeda digital podem ser usadas na forma de papel-moeda.
No entanto, devido ao forte crescimento do mercado cripto nos últimos anos, muitas instituições financeiras ao redor do mundo, no intuito de dar mais conveniência aos seus clientes, firmaram parceria com empresas que operam caixas eletrônicos.
Com o objetivo de permitir a conversão de criptomoedas em moedas fiduciárias, como o real e o dólar, e realizar saques na boca do caixa.
Esse serviço é bastante comum nos EUA, na Europa e em vários países da Ásia, e chegou recentemente ao Brasil.
Os caixas eletrônicos da rede independente de terminais Banco24Horas, por exemplo, liberaram mais de R$ 3,15 milhões em saques de criptomoedas convertidas em reais.
De acordo com notícias divulgadas na imprensa, a empresa responsável pela gestão dos caixas eletrônicos da rede, Tecban, registrou mais de 4.500 transações desde que disponibilizou o serviço no final de 2020.
Como funciona?
Para viabilizar o saque de criptomoedas em reais, a operadora de caixas eletrônicos realiza uma espécie de operação de câmbio, mostrando para o cliente qual é a cotação da moeda digital em questão naquele momento em seu sistema, conectado a uma plataforma de negociação.
O cliente, então, decide se aceita fechar a operação naquele valor. Em caso positivo, o sistema do próprio caixa realiza a conversão das criptomoedas em reais e libera o saque para o cliente.
As moedas do cliente ficam guardadas em uma carteira digital sob a custódia de uma plataforma de compra e venda de cripto ativos.
Na hora de fazer o saque, o usuário precisa acessar o aplicativo da sua plataforma, a fim de gerar um QR code que será lido pelo terminal onde será realizado o saque.
Os caixas do Banco24Horas têm convênio com o cripto banco Capitual, cujo sistema está conectado aos terminais da rede pela plataforma HubDigital, responsável pelo acesso às instituições de pagamento.
Compra de criptomoedas em caixas eletrônicos
Em diversos países, além do saque em dinheiro de criptomoedas, é possível usar caixas eletrônicos habilitados para comprar moedas digitais usando dinheiro ou cartão de crédito.
O terminal permite que o cliente informe o endereço da sua carteira digital ou conta em uma corretora para depositar as criptomoedas adquiridas.
O mais comum é que os terminais permitam apenas o saque ou apenas a compra de criptomoedas. Os caixas que oferecem ambos os serviços correspondem a apenas 25% do total de equipamentos existentes no mundo, de acordo com meios de comunicação especializados.
No futuro, com o avanço da digitalização da economia, será cada vez mais comum realizar saques, compras, depósitos e transferências de valores utilizando criptomoedas em todas as partes do mundo.
Dando muito mais praticidade, principalmente para as transações realizadas no exterior, uma vez que a contratação de câmbio normal têm regras específicas, exige a declaração de valores à Receita Federal, dependendo da quantia, além de envolver custos elevados.