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Busca por casas segue alta mesmo após pico da pandemia

Entra ano e sai ano, o mercado imobiliário, tanto com casas e apartamentos, das principais capitais do país permanece aquecido, impulsionado, entre outros fatores, por pessoas que se mudam para trabalhar ou estudar nos grandes centros.

Os apartamentos compactos lideravam esse mercado, mas algumas análises mostram que muita coisa mudou desde 2020.

A pandemia e a consolidação do home office fizeram crescer o número de pessoas que não querem mais morar em apartamentos.

A procura por casas no Rio de Janeiro, por exemplo, não diminuiu significativamente com o controle do quadro sanitário e a volta das atividades presenciais. E não é só lá. Segundo especialistas no ramo, o fenômeno tem explicações simples.

Ao se verem obrigadas a passar mais tempo em casa, muitas pessoas perceberam que poderia ser vantajoso morar em um lugar com mais espaço e, quem sabe, um quintal. Entre as famílias com crianças, ainda mais.

Litoral e interior em alta

As possibilidades de trabalho e estudo remotos também despertaram em muita gente o desejo de viver mais perto da natureza, o que explica o crescimento da busca por casas especialmente no litoral e também no interior.

Várias cidades, entre elas a capital paulista, ainda experimentam queda na busca por apartamentos.

Mesmo entre quem ainda precisa trabalhar presencialmente na maior cidade do Brasil, alugar ou comprar uma casa no litoral, em cidades próximas, como o Guarujá, se mostrou viável.

Em muitos casos, a preços significativamente menores que os de um apartamento na capital, é possível morar em uma casa a poucas quadras da praia.

Entre os motivos destacados por quem fez essa escolha estão a vontade de levar uma vida mais tranquila, ativa e saudável. Viver perto do mar favorece isso, mas não só. Por motivos similares, a busca por casas para alugar e comprar também aqueceu o mercado no interior.

No estado de São Paulo, por exemplo, algumas cidades ainda experimentam alta procura por casas, como:

  • Ribeirão Preto;
  • Sorocaba;
  • Jundiaí;
  • Piracicaba.

A proximidade com a capital também é vista como uma vantagem, pois é preciso estar lá em poucas horas sempre que houver vontade ou necessidade.

Mesmo assim, a capital segue liderando as buscas por imóveis, com destaques para as casas. A procura em bairros mais afastados do centro, onde os preços são mais atrativos, segue em alta no início de 2023.

O crescimento da economia em municípios menores, de até 500 mil habitantes, também tem influenciado na migração para essas cidades.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 20 anos a economia aquecida elevou a média de crescimento populacional aos 17% em muitos desses lugares.

Ainda segundo o IBGE, pelo menos 2 a cada 3 brasileiros vivem hoje em cidades pequenas e médias. Nesses locais, a disponibilidade de casas é maior que a de apartamentos.

Em estados que não fazem parte da Região Sudeste, muitas dessas cidades nem sequer possuem prédios.

87% sonham com casa própria

Ter uma casa própria continua sendo prioridade para os brasileiros – pelo menos 87% deles, como revela um estudo inédito feito pelo Instituto Datafolha em parceria com o QuintoAndar.

De acordo com esse senso, que ouviu pessoas em todas as regiões do país, a região Norte é a que tem mais pessoas morando em casa própria.

O levantamento também mostrou que 47% das casas dos brasileiros têm dois quartos, o que é explicado pelo fato de que, em média, 3 pessoas vivem na maioria dos lares.

Pelo menos 56% dos brasileiros vivem em imóveis que possuem garagem e 53% têm varanda, características muito valorizadas por quem busca uma casa para comprar.

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